A importância de bons profissionais na trajetória de quem trabalha com dados

A importância de bons profissionais na trajetória de quem trabalha com dados

Bons profissionais impactam positivamente nossa jornada na área de dados e impulsionam nosso crescimento pessoal e profissional.

Você provavelmente já ouviu que somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos. Eu também já ouvi muito isso, e acredito que na área de dados, isso também vale.

Mas acredito que nós também crescemos com os bons profissionais que cruzam nosso caminho no trabalho.

A trajetória de quem atua com dados, seja com Análise de Dados, Visualização de Dados, Engenharia de Dados, ou Ciência de Dados é marcada por aprendizados constantes, novas ferramentas e muitos desafios.

O impacto dos bons profissionais no nosso aprendizado

Mais do que tutoriais ou cursos, são as trocas com outras pessoas que realmente aceleram o nosso desenvolvimento.

Começa com a inspiração e o exemplo

A gente nunca esquece da primeira vez que viu alguém fazer “bruxaria” ou “mágica” com dados.

Pode ter sido um dashboard no Power BI, uma análise feita no Python, ou até aquela consulta SQL que resolveu um problemão em minutos.

São nesses momentos que percebemos: “Eu quero aprender isso”.

Bons profissionais nos inspiram porque dominam não só ferramentas, mas também a forma de pensar e resolver problemas. Eles mostram, sem dizer, que é possível chegar lá. E, com isso, plantam em nós a semente da curiosidade.

Ver de perto alguém que resolve, compartilha e colabora nos ajuda a enxergar caminhos e entender que o conhecimento está acessível.

A gente começa a se perguntar como fazer igual. E aí vem a busca: cursos, vídeos, blogs, prática. Tudo porque alguém despertou isso em nós.

A convivência que acelera o desenvolvimento

Trabalhar ao lado de quem sabe mais ou sabe diferente é uma das formas mais eficazes de evoluir na carreira.

Porque a rotina joga problemas complexos na nossa frente, e a convivência com pessoas experientes ou com olhares complementares nos força a sair do automático.

Além disso, não é só sobre aprender ferramentas. É sobre ganhar maturidade técnica e de negócio.

Observar como esses profissionais organizam demandas, priorizam, fazem perguntas e traduzem dados em soluções é tão ou mais importante do que aprender uma ferramenta.

Muitas vezes, um simples feedback ou uma dica informal no café muda a forma como você vai resolver uma análise dali pra frente.

O poder da colaboração e da troca entre áreas

Quem trabalha com dados já percebeu: não dá pra viver só do SQL bonito. Entender o negócio e colaborar com outras áreas é essencial para gerar valor de verdade.

E adivinha quem ajuda nisso? Os bons profissionais que atuam fora da bolha técnica.

Muitas vezes é conversando com o time de marketing, comercial ou operações que você descobre o porquê de uma métrica ser tão importante.

Essas trocas trazem contexto, e contexto muda tudo. Ele transforma uma análise superficial em um insight poderoso.

Além disso, outras áreas enxergam o problema de outro ângulo. E isso ajuda a refinar suas perguntas, hipóteses e até a forma de apresentar os dados.

O aprendizado não está só nos especialistas

Você também aprende muito com quem ainda não domina os dados. Sim, isso mesmo!

Às vezes, um profissional que não entende nada de Power BI ou Python te obriga a explicar melhor, a ser mais didático e objetivo. E esse exercício eleva seu próprio entendimento.

Além disso, ao ensinar alguém, você percebe onde estão as brechas do seu próprio conhecimento.

Ensinar é, muitas vezes, a forma mais profunda de aprender. E não tem nada mais valioso do que crescer junto.

O ciclo do conhecimento se completa quando compartilhamos

Chega um ponto na carreira em que você deixa de ser só aluno e passa a ser também referência.

Pode não parecer, mas ao ajudar colegas, tirar dúvidas ou até construir documentação interna, você está consolidando seu próprio conhecimento.

Além disso, ao ensinar, você também aprende a ouvir, entender o nível do outro e adaptar sua linguagem.

Isso desenvolve soft skills fundamentais como comunicação, empatia e escuta ativa, habilidades muitas vezes mais raras (e mais valiosas) do que saber uma linguagem de programação.

Ajudar alguém a aprender é uma das formas mais genuínas de liderança. E liderar não precisa de cargo, precisa de atitude.

Os ganhos invisíveis de ensinar e apoiar

Pode parecer que você está só dando um help, mas há vários ganhos silenciosos nesse processo:

  • Você fortalece sua reputação interna;
  • Desenvolve paciência e clareza na comunicação;
  • Aprende novas formas de pensar o mesmo problema;
  • Recebe insights de quem enxerga com outros olhos.

O conhecimento que não é compartilhado se perde. O que é dividido, se multiplica.

Criar espaços para troca é responsabilidade de todos

Por mais que a empresa tenha uma área de dados estruturada, o verdadeiro aprendizado nasce na cultura de colaboração.

E essa cultura não depende só da liderança, mas de cada pessoa do time.

Criar grupos de estudo, compartilhar links, escrever tutoriais internos, promover demos… tudo isso fortalece o senso de comunidade.

E numa área tão dinâmica como a de dados, aprender junto é uma forma inteligente de não ficar para trás.

Essa cultura também ajuda a reduzir o medo de errar. Quando todos sabem que podem contar uns com os outros, até as perguntas “bobas” se tornam oportunidades de crescimento.

O ambiente certo potencializa os bons profissionais

É claro que não basta ter bons profissionais, o ambiente precisa permitir que eles floresçam.

Ambientes colaborativos, respeitosos e abertos à troca fazem com que as pessoas que mais têm a ensinar não se calem, e as que mais precisam aprender não se sintam envergonhadas.

Se você está em um lugar assim, aproveite. E, se não estiver, seja o agente dessa mudança. Incentive, proponha, escute, ensine. A cultura começa em você.

Como reconhecer (e se tornar) um bom profissional

Não precisa ser sênior ou líder. Um bom profissional pode estar do seu lado, na sua squad ou em outro time.

Você reconhece porque ele:

  • Compartilha conhecimento de forma generosa;
  • Questiona com propósito, te fazendo pensar;
  • Respeita seu tempo de aprendizado;
  • Te inspira a buscar mais e fazer melhor.

Essas pessoas são aceleradoras de carreira. E, se você encontrou alguém assim, valorize.

E como você pode ser esse profissional também

Você pode e deve ser esse bom profissional para os outros também. Comece pequeno:

  • Pergunte se alguém precisa de ajuda;
  • Compartilhe algo que aprendeu;
  • Dê feedbacks construtivos;
  • Escreva um tutorial rápido;
  • Esteja aberto a aprender com todos.

Você não precisa saber tudo. Você só precisa estar disposto a compartilhar o que já sabe. E isso já faz toda a diferença.

Conclusão: Crescemos juntos, nunca sozinhos

A trajetória de quem trabalha com dados é solitária só se a gente deixar.

Cada profissional com quem cruzamos tem algo a nos ensinar seja uma nova função em SQL ou uma nova forma de olhar o negócio.

Bons profissionais mudam nossa vida porque despertam o melhor em nós. E quando nos tornamos esses profissionais, devolvemos ao mundo tudo que recebemos.

Continue estudando, sim. Mas nunca subestime o poder das conexões humanas na sua jornada de aprendizado. No fim das contas, a verdadeira inteligência é coletiva.

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Edinan Marinho

Edinan Marinho

Analista de Dados & Analytics Engineer. Trocando ideias sobre Análise de Dados, Ciência de Dados, Visualização de Dados, UX & Design, Tecnologia e Negócios. Engenheiro de Produção e Microsoft Certified: Fabric Analytics Engineer Associate!