Modelo de Dados A Estrutura que Facilita a Análise de Dados

Modelo de Dados: A Estrutura que Facilita a Análise de Dados

Compreenda como diferentes tipos de modelos de dados — normalizados, desnormalizados e dimensionais — impactam a eficiência na análise e gestão de dados.

A eficiência na organização e análise de dados é fundamental, e um elemento central dessa eficiência é o modelo de dados.

Um dos métodos mais eficazes para estruturar esses dados é o modelo dimensional. Vamos explorar detalhadamente o que é um modelo dimensional.

O Que é um Modelo de Dados?

Um modelo de dados pode ser descrito como um mapa detalhado que explica como os dados estão organizados, como se relacionam entre si e como podem ser utilizados de maneira eficaz para atender às necessidades da organização.

Ele é fundamental para qualquer sistema de gestão de dados, seja ele um banco de dados ou um projeto de Business Intelligence (BI).

Os modelos de dados servem como a base estrutural para a criação e manutenção de bancos de dados, influenciando diretamente a forma como os dados são armazenados, recuperados e manipulados.

Existem vários tipos de modelos de dados, mas vamos focar nos três principais: esquemas normalizados, dimensionais e desnormalizados.

Esquemas Normalizados

Os esquemas normalizados são projetados com o objetivo de minimizar a redundância de dados e maximizar a integridade dos mesmos.

Eles são amplamente utilizados em bancos de dados transacionais (OLTP – Online Transaction Processing), onde a velocidade e a eficiência das operações de escrita (inserção e atualização) são críticas.

Vantagens dos Esquemas Normalizados

  1. Economia de Espaço de Armazenamento: Ao eliminar a redundância, esses esquemas garantem que cada pedaço de informação seja armazenado apenas uma vez, economizando espaço e facilitando a manutenção dos dados.
  2. Velocidade nas Operações de Escrita: A normalização permite que as operações de escrita (inserts e updates) sejam rápidas e eficientes, já que os dados são distribuídos entre várias tabelas menores e bem definidas.
  3. Integridade dos Dados: Esquemas normalizados promovem a integridade referencial, assegurando que os relacionamentos entre tabelas sejam consistentes e que os dados sejam precisos e confiáveis.

Porém, essa abordagem pode tornar as operações de leitura mais complexas e lentas, pois muitas vezes é necessário realizar junções (joins) entre várias tabelas para obter todas as informações necessárias.

Esquemas Desnormalizados

Os esquemas desnormalizados surgem geralmente de processos de ETL (Extract, Transform, Load / Extração, Transformação e Carga), onde os dados são extraídos de várias fontes, transformados conforme necessário, e carregados em um banco de dados para análise.

Neste tipo de esquema, as informações são combinadas em tabelas maiores com muitas colunas, facilitando a leitura e a análise dos dados.

Vantagens dos Esquemas Desnormalizados

  1. Velocidade na Leitura e Análise de Dados: Como os dados relevantes estão centralizados em menos tabelas, as operações de leitura são mais rápidas e simplificadas, tornando as consultas mais eficientes.
  2. Facilidade na Criação de Relatórios: Com informações mais acessíveis e menos fragmentadas, a criação de relatórios detalhados e abrangentes se torna mais simples e rápida.

No entanto, essa abordagem pode levar ao uso excessivo de espaço de armazenamento devido à redundância dos dados, além de tornar as operações de escrita mais lentas e complexas.

Esquemas Dimensionais

Os modelos dimensionais oferecem um meio-termo entre os esquemas normalizados e desnormalizados, sendo altamente otimizados para processos de leitura e análise (OLAP).

Este modelo é amplamente utilizado em ferramentas de BI, como o Power BI, e são compostos principalmente por tabelas dimensão e tabelas fato.

Tabelas Dimensão

As tabelas dimensão são registros de entidades de negócios, como clientes, produtos e fornecedores. Elas contêm uma chave primária única e uma série de atributos descritivos.

Exemplos de Tabelas Dimensão:

  • Cliente: Inclui informações detalhadas sobre cada cliente.
  • Produto: Contém dados sobre cada produto oferecido pela empresa.
  • Calendário: Informações sobre datas, como dias, meses e anos.
  • Localização: Dados geográficos que podem incluir países, estados e cidades.

Tabelas Fato

As tabelas fato contêm as medidas quantitativas do negócio, como vendas, custos e lucros, e são acompanhadas por chaves estrangeiras que referenciam as tabelas dimensão.

Exemplos de Tabelas Fato:

  • Vendas: Registra todas as transações de vendas.
  • Recebimentos financeiros: Detalha os pagamentos recebidos.
  • Ordens de produção: Contém informações sobre as ordens de fabricação.

Relacionando Dimensões e Fatos

A ligação entre tabelas fato e dimensão é feita através de chaves estrangeiras nas tabelas fato que apontam para as chaves primárias das dimensões.

Esta estrutura permite análises profundas e multidimensionais.

Esquema Estrela

O esquema estrela é um dos tipos de esquema dimensional mais comuns. Nele, uma tabela fato central está conectada a várias tabelas dimensão, formando uma estrutura que lembra uma estrela.

Boas Práticas

Para garantir um modelo dimensional eficiente, siga estas boas práticas:

  • Utilize esquemas estrela sempre que possível.
  • Evite relacionar tabelas fato diretamente.
  • Prefira chaves únicas simples para chaves primárias e estrangeiras.
  • Evite redundância de dados colocando informações similares em uma única tabela.

Conclusão

Um modelo dimensional bem construído é fundamental para a criação de relatórios e análises eficazes.

Compreender a estrutura e a função das tabelas dimensão e fato é essencial para qualquer profissional que deseja se aprofundar na área de análise de dados.

Compartilhe:
Edinan Marinho

Edinan Marinho

Trocando ideias sobre Análise de Dados, Ciência de Dados, Visualização de Dados, UX & Design, Tecnologia e Negócios. Engenheiro de Produção, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios e pós-graduação em Ciência de Dados e Big Data Analytics.